Os promotores alegam que advogados estariam facilitando a comunicação entre presos. Chamada de operação Balthus, a ação prendeu quatro advogados, sendo um deles Alexandre Hilário Prazeres, suspeito também de lavagem de dinheiro.
Prazeres, além de atuar na advocacia, também tinha pretensões políticas e colocou-se como pré-candidato a prefeito de Joaçaba.
O partido dele, PSD, entretanto, nega. A sigla diz que Prazeres foi retirado do comando na cidade em 3 de junho, e que a pré-candidatura era somente dele, sem ligação com o partido.
Durante a operação desta quinta-feira (13), o Gaeco também prendeu a esposa do advogado. O MP-SC alega que esse processo de comunicação investigado, entre advogados e presos, “coloca a sociedade em risco e promove o crescimento e avanço contínuo de organizações criminosas”.
As ordens judiciais foram cumpridas em Joaçaba, Capinzal, Ouro, Água Doce e Piratuba.
O advogado Marco Alencar, defensor de Alexandre Prazeres e da esposa dele, diz que “não estão presentes os requisitos para a prisão”. Sobre Prazeres, Alencar alega que o fato investigado supostamente vem de 2020, o que comprovaria a falta de contemporaneidade para a prisão preventiva.
Sobre a esposa de Prazeres, Alencar diz que não há atos praticados por ela que motivem a prisão. Ambos são investigados por lavagem de dinheiro