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O recado das urnas

Atualizado em 06/11/2024 às 16h42
Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE

O dia 31 de outubro costuma ser lembrado, anualmente, por doces, fantasias e decorações assustadoras. A data do Halloween, que tem um forte apelo comercial e cultural nos Estados Unidos, também conquistou espaço no Brasil, promovendo festas e aquecendo o comércio, mesmo não sendo feriado.
Segundo a coordenadora acadêmica do Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano, Natália Matte, porém, na Idade Média, a igreja católica passou a condenar essas celebrações, rotulando-as como “Dia das Bruxas”.
o costume de se fantasiar e pedir doces foi uma adaptação americana, consolidada por filmes e séries. Na noite de 31 de outubro, crianças saem para a clássica brincadeira de “gostosuras ou travessuras”.
Assim, o Dia de Todos os Santos foi alterado para 1º de novembro, data do Samhain, em uma tentativa de cristianizar o festival. Isso acabou misturando tradições pagãs e cristãs e, com o tempo, deu origem ao Halloween, junção em inglês das palavras hallow, que significa santo, e eve, que significa véspera.


No dia 31 de outubro, ocorre a coroação de Rômulo Augusto, o último imperador do Império Romano do Ocidente.
Em 1.874 aconteceu a revolta do quebra=quilo, no nordeste, do então império do Braisil. Populares contrários à mudança do sistema de pesos e medidas, introduzido promoveram um quebra quebra em feiras e mercados.
Numa análise profunda o ex ministro de Lula, Aldo Rabelo, diz que os resultados das urnas comprovaram o fracasso da política da esquerda, não para eles mas para o país. Para ele foi uma grande derrota para a chamada agenda identitária, a agenda dos costumes, agenda do comportamento, que a esquerda tenta impor ao país. Consequência foi uma rejeição muito grande. O PSOL, não elegeu nenhum prefeito. O PSDB elegeu 1 9.a agenda cosmopolita, a agenda identitária, a agenda globalizante, que a   esquerda abraçou, abandonando as questões nacionais, abandonando a agenda dos mais pobres, abandonando a agenda da igualdade pela agenda da diferença, foi o motivo de uma grande derrota, a maior delas foi do PT e dos partidos que integram a base do governo. O União Brasil, o MDB, PL, PP, PSD e outros partidos do centro direita e extrema direita tiveram grande vitória. Vão administrar 3.600 municípios, contra apenas 1,800 dos partidos de esquerda. Ficou muito claro no resultado das urnas, que o PT deixou de desenvolver ações de interesse da nação, por isso obteve uma derrota acachapante. Em SP o PT que tinha 70 prefeituras ficou com apenas 4. Tinha 540 prefeituras. Ficou com apenas 250.

O triunfo das agremiações que transitam do centro à direita pode ser medido por vários números. No país, cinco dos seis partidos que mais elegeram prefeitos estão nessa faixa

a sigla recebeu 15,7 milhões de votos, a melhor marca entre todas as legendas e bem superior à de 2020 (11 milhões).

. Outro ponto promissor foi o fato de a legenda ter aumentado em 43% o número de vereadores, a maior alta entre as grandes siglas. Os cinco partidos que ficam do centro à direta (PSD, União Brasil, PL...

O resultado das urnas é um reflexo da nova postura da sociedade. Se na virada do século havia um certo constrangimento do político e do cidadão em se autodeclararem direitistas, hoje os candidatos disputam os eleitores ligados aos valores tradiconiais.
Há uns dez anos era pecado ser de direita no Brasil”, diz o cientista político Murilo Mendes, da Universidade de Brasília (UnB). Uma pesquisa do DataSenado com a Nexus, empresa de inteligência, mostra, mostra que em todos os estados há mais eleitores de direita que de esquerda,

O fortalecimento da postura conservadora é ainda uma resposta ao avanço da esquerda no início dos anos 2000, um ponto fora da curva na história brasileira.

O eleitor disse claramente está rejeitando o discurso superado das lideranças petistas.
O mundo mudou, as relações de trabalho mudaram, o recado das urnas está aí, mais enérgico.  Outra questão que deve preocupar, e aqui a todos os partidos, é a abstenção, que surpreendeu. No Brasil em geral, tocando nos 30%. Em Porto Alegre 34%, em São Paulo 31%, em algumas zonas paulistanas a abstenção foi maior que os votos recebidos por candidatos. 
O TSE vai fazer uma pesquisa para saber o que houve, mas os partidos deveriam também ir a campo para entender melhor esse, por enquanto, digamos, desinteresse. O discurso do PT precisa mudar, mas o discurso político, em geral, não anda fazendo sucesso.
Quando terminou o 1º turno das eleições municipais, ficou evidente o novo mapa político nas cidades brasileiras com a consolidação dos partidos de centro e de direita, uma esquerda sem planos, desconectada e desatualizada e uma direita sem dono, que vai muito além de Jair Bolsonaro
Sete anos depois, o povo está dizendo que quer mais do que os governos do PT já lhes ofereceram - como Bolsa Família, que foi “incorporado à paisagem”,

Fonte: Nereo Lopes de Limas

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