No ano em que se comemora os 150 anos da imigração italiana, um levantamento realizado pela Genera, laboratório líder em testes genéticos direto ao consumidor e com a maior base de dados genéticos do país, revela que brasileiros têm em média 15% de ancestralidade italiana.
O levantamento do laboratório destaca ainda que, dentre a ancestralidade europeia que já é predominante no DNA brasileiro, os estados que apresentam maior porcentagem de ancestralidade italiana são: São Paulo (17%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Santa Catarina (15,6%), o que reflete os fluxos migratórios históricos para essas regiões.
O marco da chegada dos imigrantes italianos ao Brasil aconteceu há 150 anos, quando aportou em Vitória, no Espírito Santo, em 1874, o navio a vapor "La Sofia", com 388 italianos que partiram de Gênova, na Itália, para trabalharem em fazendas do Espírito Santo. Ao longo das décadas, milhões de italianos seguiram este caminho, influenciando de maneira decisiva os aspectos culturais, sociais e econômicos do país.[1]
"O dia do imigrante é um lembrete sobre a importância da diversidade e da integração cultural que enriquece a nação brasileira. Os dados da Genera mostram um pouco da contribuição italiana para a construção da nossa sociedade, especialmente nesse ano em que comemoramos 150 anos do movimento migratório dos italianos para o Brasil. Conhecer nossas origens é uma peça fundamental para compreender não apenas nossa história pessoal, mas também o legado daqueles que nos antecederam", afirma Ricardo Di Lazzaro, doutor em genética e cofundador da Genera.
Em São Paulo, a herança italiana é visível em bairros como o Bixiga, enquanto no Rio Grande do Sul, cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves são centros de cultura, refletida em suas tradições, festas e economia vinícola. A influência italiana é percebida até mesmo no esporte brasileiro, por exemplo na fundação do Palmeiras (Palestra Itália), clube fundado em 1914 pela motivação da comunidade italiana. Ainda hoje a influência do país se faz presente em campo seja com descendência ou pela presença na história enraizada de muitas torcidas.[2]
O levantamento realizado pela Genera não só destaca a significativa presença da ancestralidade italiana na população brasileira, mas também promove um maior entendimento sobre a diversidade genética do país, destacando a contribuição de diferentes grupos étnicos para a construção da identidade nacional e incentivando a celebração das raízes ancestrais do Brasil.
Sobre a Genera
Criada por Ricardo di Lazzaro e André Chinchio, a Genera é o primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal que realiza testes de ancestralidade, saúde e bem-estar no Brasil e que atua no mercado desde 2010 com foco em inovação. Por meio de uma técnica chamada microarray, a Genera faz uma leitura completa do DNA de cada pessoa, com o objetivo de oferecer caminhos mais acessíveis para o autoconhecimento e que auxiliam na busca por uma vida mais saudável. Com um crescimento significativo no Brasil, o laboratório ampliou suas atividades para Argentina, Uruguai e Chile. Em 2020, Ricardo di Lazzaro foi um dos nomes premiados no "Inovadores com menos de 35 anos na América Latina 2020", prêmio que consiste em recompensar os 35 jovens mais inovadores com menos de 35 anos de idade da América Latina, promovido pela MIT Technology Review, edição em espanhol da revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.