Os dois irmãos sofreram abusos sexuais durante a infância e hoje tentam se recuperar das consequências físicas e psicológicas.
Os crimes foram praticados justamente por quem deveria protegê-los, ou seja, a mãe e o padrasto. Os réus foram condenados, respectivamente, a 83 e 82 anos de reclusão em regime fechado, com base na denúncia da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Capinzal.
Os fatos ocorreram entre 2019 e 2020. Segundo consta nos autos, a mulher e o companheiro usaram a relação de autoridade exercida sobre as crianças menores de 14 anos para submetê-las a práticas ilícitas, mediante ameaças e agressões físicas e verbais.
Nesse contexto, eles as forçavam a praticar atos libidinosos.
Além disso, os irmãos eram obrigados a ver a mãe e o padrasto terem relações sexuais e a assistir filmes pornográficos para depois reproduzir as cenas com eles. Como se não bastasse, os réus ainda forçavam as crianças a manter relações sexuais entre si para filmá-las, dizendo que "estavam ensinando algo importante para a vida".
O Promotor de Justiça Douglas Dellazari diz que foram crimes cruéis, praticados por aqueles que tinham o dever de proteger as pessoas mais vulneráveis da sociedade, ou seja, as crianças.